
Nome: O Motivo;
Autor: Patrick Ness;
Páginas: 447;
ISBN: 9788561784119;
Editora: Pandorga;
Ano de lançamento: 2007;
Todd Hewitt é um garoto de doze anos, o último menino de Prentisstown, uma cidade de homens. Ele vive em um mundo cheio de "ruído" em que os pensamentos privados de todo homem e animal são audíveis. Em um mês ele estará com treze anos e será um homem. Mas a cidade está mantendo segredos para ele, segredos que vão forçá-lo a fugir do prefeito e dos homens de Prentisstown junto com seu cachorro e a primeira garota que ele já conheceu.
Uou.
Respira, Lana, respira.
![]() |
Obrigado, Deus! |
de Prentisstown ser masculina (sim, não existem mulheres no lugar), os homens do lugar podem ouvir os pensamentos uns dos outros. Muito empolgada com o plot do livro, fui atrás de comprar a versão em inglês mesmo. Entrei na livraria pronta para fazer o pedido, mas, eis que na minha frente, está a versão traduzida do livro, ali, dando sopa e sem ninguém por perto. Por um momento fiquei atônita, era muita sorte! Chequei o livro de capa a capa, e me agarrei com ele. Confesso, foi amor á primeira vista.
Quando comecei a ler o livro de Patrick Ness, encontrei um mundo novo. A mitologia criado por Ness é uma mistura de vários pontos positivos do SCI-FI com um toque de suspense e investigação, contendo a básica luta por poder e uma amizade tão fantástica quanto a de Harry e Hermione, tudo embrulhado num pacote que brilha e tem um acanhado de vontade de não terminar de ler tão cedo. Fé, medo, esperança, raiva, confiança, traição, escolhas e suas consequências... Tudo isso acompanha a estória de Todd Hewitt e Viola Eade, que começa da maneira menos convencional possível.

Agora, deixe-me apresentar-lhe a pequena e isolada Prentisstown, uma cidade colonizada por colonizadores espaciais que deixaram seu antigo mundo e tentaram fazer do lugar algo como sua própria utopia, porém, o local encontrado não é desabitado. Assim que desembarcam, os colonizadores descobrem essas criaturas, batizadas de Spackles, e o Ruído, um vírus que deu aos homens da cidade uma capacidade um tanto peculiar: Escutar os pensamentos de outros homens e de qualquer outra criatura viva. Por algum motivo X, o patógeno não afetou as mulheres dessa maneira, mas sim de um jeito fatal e, em alguns anos, todas as mulheres da cidade foram exterminadas, deixando o lugar com uma inevitável sentença de morte.
E é nesse contexto que conhecemos o último garoto de Prentisstown, Todd Hewitt. Em pouco menos de um mes, Todd irá completar 13 anos e se tornar um homem, porém, antes desta data, ele e seu cachorro, Manchee, encontram um lugar isolado onde o silêncio impera (não, não há ruído nesse lugar). Abismado com a situação, Todd volta para sua cidade e vai ao encontro de seus dois tutores/pais Ben e Cillian. O grande plot twist do livro ocorre quando Todd descobre que sua cidade não é tão pacata assim. Ele vai em uma jornada atrás de respostas quando se depara com uma garota (sim, uma garota de verdade). Com o aparecimento de Viola, Todd adentra cada vez mais no submundo de seu mundo, descobrindo vários dos segredos de Prentisstown e sendo alvo de uma terrível caçada.
![]() |
Parabéns, Ness! Você fez uma verdadeira confusão de sentimentos na minha cabeça. |
Personagens, personagens... O que posso falar sobre os personagens? Eles são muito bons! Todd, o protagonista, é quase extraordinário (claro, ele pisa na bolas as vezes, porém temos que relevar, afinal, ele nem tem 13 anos completos ainda). Viola provavelmente foi a minha pedra no sapato. Admito, não gostei muito dela no começo, mas, já no finalzinho do livro, ela toma uma atitude que me deixou completamente "Espera, ela realmente fez isso?". Quantos aos personagens secundários, temos os tutores/pais de Todd, Ben e Cillian, o Prefeito de Preentistown, Aaron, um personagem grotesco que me dava náuseas e me despertava sentimentos de raiva absoluta e Manchee, o cachorro de Todd, um animal que não só te conquista, mas também obtêm sua afeição. Uma coisa que me deixou realmente entusiasmada com o livro foi justamente o desenvolvimento dos personagens. Eles não são aqueles serem utópicos e perfeitos, pelo contrário, são genuínos e falhos, seus arcos são sólidos e se moldam com o passar das páginas.
![]() |
Ness, você merece todo o respeito do mundo. |
Para terminar, eu lhes mostro minha cara quando terminei de ler o livro:
E quando minha mãe, de livre e espontânea vontade, comprou "A Missão":
Oi, tudo bem? Eu adorei seu blog, sei lá, pelo menos as resenhas que li, estavam muito boas XD Não sei, é tudo tão detalhado e comentando, e os gifs que você usa encaixam muito bem =D
ResponderExcluirEnfim, para o post o/ Acho que nunca tinha ouvido falar desse livro, talvez eu tenha ouvido já o nome da série, mas não lembro >< Só li sua resenha por enquanto, mas por tudo que você disse, parece ser ótimo =D Sei lá, eu não curto muito uma enorme quantidade de violência em histórias, mas, nossa, achei super-criativo e genial o contexto da história - o vírus, a cidade,... >w< E me parece também ser um livro profundo e que mexe com questões de ética, uma coisa crítica, sabe?
Beijos ;)