Nome: Divergente;Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.
Autor: Veronica Roth;
Páginas: 502;
ISBN: 9788579272905;
Editora: Rocco;
Ano de lançamento: 2012;
2013 passou mais a vibe de "o mundo acabou, vamos fazer um motim" não vai largar o mercado literário tão cedo, mas tudo bem, se pelo menos metade dos livros não forem simplesmente Wannabes de Jogos Vorazes, agente aceita numa boa. Esse, senhoras e senhores, é o caso de da saga Divergente, que provou não ser só um mero retrato meio modificado da saga de Katniss Everdeen, pelo contrário, chamou atenção por sua originalidade, criatividade, uniformidade e é claro sua adaptação cinematográfica (contendo como protagonista a Mary Jane/Hazel Grace) com estreia marcada para meados de 2014.
A trilogia Divergente convida o leitor para uma sociedade futurística onde as pessoas são dividas entre quatro facções, cada uma representando uma característica chave da personalidade de cada um. As facções também funcionavam como um erradicador do atributo que seus membros acreditavam que era responsável pela desordem no mundo, elas eram a Amizade (Os que culpavam a agressividade), Franqueza (Os que culpavam a duplicidade), Erudição (Os que culpavam a ignorância), Audácia (os que culpavam a covardia) e a Abnegação (aqueles que culpavam o egoísmo). E é na Abnegação que reside nossa protagonista, Beatrice Prior, seus pais e seu irmão, Caleb.
No mundo de Roth, aos dezesseis anos, todos os jovens de todas as facções passam por um teste de aptidão para descobrir de que facção pertencem de fato porém, você pode optar por continuar em sua facção e ficar com sua família, esse não é caso dos crianças Prior. Contrariando a expectativa de todos, Caleb deixa sua casa para se tornar parte dos Eruditos, enquanto Tris tem uma tarefa bem mais difícil, esconder de todos que é uma divergente* e optar por uma das três facções a que realmente pertence. Tomando a decisão mais ilógica para um membro da Abnegação, ela deixa lar e se junta aos Audaciosos (por que, convenhamos, qualquer outra das facções seria chata comparada aos garotos que pulam de trens em movimento, não é mesmo?)
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Beatrice, que agora virou Tris, sambando na cara da família. |
Em relação as personagens principais, Tris é uma boa protagonista. Toda a situação na qual ela está vivendo é desafiadora e ela aceita afronta sem hesitar. Tris também não é hipócrita, ela não aceita provocação e sabe que quando as coisas parecem ruins, elas estão de fato ruins. Há momentos durante sua iniciação na Audácia que não só sua coragem posta á prova, mas também sua frieza e calculismo. Quanto ao protagonista masculino, o Four (Me recuso a chamá-lo de Quatro, me recuso!), ele é um bom par romântico pra Tris (aka sua metade da laranja). Four não é doce, não cavalheiro, não é perfeito. “Ele não é doce, gentil ou especialmente bondoso. Mas é esperto e corajoso e, embora tenha me salvado, tratou-me como uma pessoa forte. Isso é tudo o que eu preciso saber”. Quanto aos secundários, temos Christina, que logo vira amiga de Tris, Al e Will, além do grupinho "barra pesada" da Audácia, Peter, Molly e Drew. Já o irmão de Tris, Caleb, não é bem explorado no primeiro volume. Porém, o maior destaque em quesito de personagem coadjuvante é Jeanine Matthews que no filme será interpretada pela eterna Rose DeWitt.
Divergente tem vários atributos que um bom livro de distopia precisa ter como uma sociedade fragmentada, conflito de interesses, busca por poder, além de ter os atributos que um bom livro YA precisa ter como uma personagem forte e presente, um romance bem estruturado que não ocorra num piscar de olhos, um plot satisfatório e uma narrativa veloz que constrói seus personagens de uma forma adequada a situação.
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