Nome: Cidade dos Ossos;Quando a jovem Clary decide ir para Nova York se divertir numa discoteca, ela nuca poderia imaginar que testemunharia um assassinato - muito menos um assassinato cometido por três adolescentes cobertos por tatuagens enigmáticas e brandindo armas bizarras. Clary sabe que deve chamar a polícia, mas é difícil explicar um assassinato quando o corpo desaparece no ar e os assassinos são invisíveis para todos, menos para ela. Tão surpresa quanto assustada, Clary aceita ouvir o que os jovens têm a dizer... Uma tribo de guerreiros secreta dedicada a libertar a terra de demônios, os Caçadores das Sombras têm uma missão em nosso mundo, e Clary pode já estar mais envolvida na história do que gostaria.
Autor: Cassandra Clare;
Páginas: 462;
ISBN: 9781406331400;
Editora: Galera Record;
Ano de lançamento: 2007;
Desde Harry Potter, não é nada raro ver livros/sagas de pessoas comuns que, de dia pra noite, descobrem ser especiais de alguma maneira. Esse é o caso da protagonista de Cidade dos Ossos. Quando a jovem Clary Adele Fray (baixa, ruiva, de temperamento ruim) decide visitar o Clube Pandemonium, ela não possui grandes expectativas para a noite, porém (convenhamos, sempre tem um bendito porém.), tudo o que ela sabia - ou achava que sabia - é simplesmente revirado de ponta de cabeça quando ela presencia uma terrível assassinato cometido por três outros jovens cheios de tatuagens bizarras e armas que ela nunca tinha visto. Pobre Clary, ser testemunha da uma coisa dessas pode ser traumatizante... Enfim, ela logo sai da boate e pouco tempo depois, sua mãe some sem deixar rastros...
Cidade dos Ossos começa com uma premissa relativamento boa. Assassinatos seguidos de desaparecimentos sempre dão bons livros de suspense e terror, mas fiquei com o pé atrás, afinal, estamos falando dos tão falados YA. Porém, esses elementos mais obscuros são a chave para a não desistência da leitura (pelo menos em meu caso). O grande mistério do livro e a grande surpresa também dão ótimos ganchos para os volumes posteriores, que não perdem seu ritmo. Pontos para tia Cassandra por isso.
O plot da trama é até um pouco lento. A apresentação das personagens é quase arrastada no começo do livro, mas ele logo vai ganhando ritmo e ganhando um mistério que merece ser desvendado. O misterio inicial, o desaparecimento da mãe de Clary, é apenas o pontapé inicial para o resto dos eventos do livro. Ao passar das páginas, cada vez mais problemas vão surgindo. O grande clímax ocorre nos últimos capítulos (minha reação ao ler a grande revelação de Valentim é facilmente traduzida pela brilhante Jennifer Lawrence no gif ao lado) é o gancho perfeito para os próximos volumes.

O grande número de personagens secundários são bem desenvolvidos e completamente adoráveis, com um enorme destaque para o melhor amigo de Clary, Simon Lewis, que rouba a cena em quase todas suas aparições. Além de Simon, os irmãos adotivos de Jace, Isabelle e Alec, o Alto Feiticeiro do Brooklyn, Magnus Bane, e o companheiro da mãe de Clary, Luke, são personagens bem construídos que mereciam um pouco mais de ênfase, não que Clary e Jace sejam ruins, mas não é só de um casal que se é construído um livro inteiro, principalmente se o livro tiver uma premissa tão completa. Não obstante o fato de serem bons personagens com histórias de vida interessantes, eles também tem uma característica própria e uma função única, que consegue ser fantástica e realista ao mesmo tempo. Queria ver você sair por matando demônios sem ficar com nenhum trauma...
Escolher apenas um entre os vários personagens da trama como favorito é uma tarefa muito difícil, mas o queridão do fandom, Jace Wayland ganhou meu coração. Seu senso de humor, seu sarcasmo, seu passado, sua vulnerabilidade, todos esse atributos funcionam perfeitamente para o ele. Porém, Jace não ganhou fácil, pois o outro queridão do fandom Simon Lewis quase o desbancou. Simon é inteligente, bem nerd, muito engraçado e um dos personagens que mais cativa no decorrer do livro. Quanto a personagem mais irritante, tenho que escolher nossa protagonista de cabelo ruivo Clary Fray. Tudo bem que Jace e Simon são ótimos, mas ficar bancando a donzela em perigo o livro quase todo não dá, não é, Clary?
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Reação quando Clary estava sendo bobinha. |
Quanto ao mundo (ou seria universo?) criado por Clare, só posso dizer uma coisa: Queria viver nele. Jogue a primeira pedra quem nunca quis viver em mundo repleto de criaturas fantásticas, esse é o mundo de Instrumentos Mortais. Tudo bem, a maioria das criaturas não são nada amigáveis e é necessário existir uma organização secreta que as combata caso saiam da linha, mas tirando isso (e os demônios), é um cenário realmente cativante. A existência dos Caçadores, as brigas, as guerras, todos esses atrativos chamam a atenção do leitor e o fazem querer saber mais e mais sobre o que está acontecendo e o que vai acontecer.

Para mim, Cidade dos Ossos é um livro sem meio termo, ou você gosta ou não gosta. Não é raro ver comentários negativos a respeito do livro, tão pouco críticas positivas. Os Instrumentos Mortais é uma saga que tem uma sólida base de fãs (opa, olha eu ali no meio balançando minha camisa Team Jace), mas também uma grande quantidade haters (seu recalque bate no cabelo loiro natural do jace e volta). Cidade dos Osso não é meu favorito na série Os Instrumentos Mortais, porém, é um bom livro de introdução que garante uma leitura proveitosa prazerosa. Esse provavelmente é o mais leve dos livros, que vão ficando mais densos e pesados ao desenrolar da trilogia.
Para finalizar esta pequena resenha, senhoras e senhores, eu irei compartilhar um dos pensamentos mais brilhantes de Jace Wayland/Herondale/Lightwood/Monsgenstern:
”Quando a vida te dá limões, faça uma limonada e jogue na cara das pessoas que te deram os limões até que eles te dêem as laranjas que você pediu inicialmente.”
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